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Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
Revascularização do miocárdio com a artéria radial
Luís Alberto Dallan1  Sérgio Almeida De Oliveira1  Ricardo C Corso1  Ana N Pereira1  José Carlos R Iglesias1  Geraldo Verginelli1  Adib D Jatene1 
[1] ,Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Hospital das Clínicas
关键词: Revascularização do miocárdio;    Revascularização do miocárdio;    Artéria radial;    Radial artery;    Myocardial revascularization;    Myocardial revascularization;   
DOI  :  10.1590/S0102-76381995000200003
来源: SciELO
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【 摘 要 】

Os enxertos com a artéria radial foram utilizados há mais de 20 anos e praticamente abandonados após constatação de elevadas taxas de oclusão ou estenose em estudos pós-operatórios. Mais recentemente, seu emprego foi reiniciado associado ao uso dos bloqueadores dos canais de cálcio. Nos últimos 6 meses, em 30 pacientes realizamos 31 enxertos aorto-coronários com a artéria radial. Concomitantemente, a artéria torácica interna esquerda foi empregada em todos (100%) os pacientes, a artéria torácica interna direita em 9 (30%) pacientes e em 24 (80%) também foram realizadas pontes de veia safena. A média de enxertos por paciente foi de 3,5.0 enxerto de artéria radial foi realizado para a artéria diagonal em 10 (33,3%) pacientes, artéria circunflexa em 8 (26,6%), artéria coronária direita em 8 (26,6%), artéria diagonalis em 4 (13,3%) e artéria interventricular anterior em 1 (3,3%). Quatorze (46,6%) pacientes tinham antecedentes de infarto do miocárdio e em 2 (6,6%) tratava-se de reoperação. Em 3 pacientes realizou-se a endarterectomia coronária e uma dessas artérias recebeu enxerto com artéria radial. A artéria radial esquerda foi utilizada em 28 (93,4%) pacientes e a direita em 2 (6,6%). A artéria radial foi anastomosada à aorta ascendente como enxerto livre, diretamente com sutura contínua de Polipropileno 7-0. Completada a anastomose, a pinça da aorta era removida, para avaliação do fluxo sangüíneo através da artéria radial. Todos os pacientes receberam nifedipina no intra e no pós-operatório, quando se associou o AAS. O calibre da artéria radial variou de 2,5 mm a 3,75 mm e nenhum paciente apresentou sinais de isquemia ou outras alterações na mão. Não houve mortalidade nesta série, nem complicações per-operatórias conseqüentes ao uso do enxerto. O cateterismo precoce, antes da alta hospitalar, foi realizado em 7 (23,3%) pacientes e em todos o enxerto encontrava-se pérvio e sem espasmo (um deles para a artéria submetida a endarterectomia). A artéria radial parece constituir uma alternativa de grande importância na revascularização do miocárdio, especialmente após o advento dos bloqueadores dos canais de cálcio. Entretanto, é necessário maior número de estudos e o seguimento a longo prazo dos pacientes, para conclusões definitivas.

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