Revista Brasileira de Ortopedia | |
O tratamento cirúrgico é imperativo na lesão do ligamento cruzado anterior? Há lugar para o tratamento conservador? | |
Marco Martins Amatuzzi2  Roberto Freire Da Mota E Albuquerque1  Maria Luiza Amatuzzi1  Sandra Umeda Sasaki1  | |
[1] ,Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina São Paulo SP ,Brasil | |
关键词: Ligamento cruzado anterior; Ligamento cruzado anterior; Artroscopia; Literatura de revisão; Anterior cruciate ligament; Anterior cruciate ligament; Arthroscopy; Review literature; | |
DOI : 10.1590/S0102-36162007000800001 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
O presente trabalho visa responder às questões expostas no título. Desde 1980, a indicação cirúrgica no tratamento da lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é um consenso e, hoje, a disseminação da técnica artroscópica, uma realidade, inclusive nos meios acadêmicos. Por esse motivo, a terapêutica indicada para tratar a lesão ligamentar mais comum do joelho, a lesão do LCA, passou a ser a reconstrução isolada desse ligamento, deixando-se então de considerá-la dentro do conceito das instabilidades decorrentes do trauma rotacional. Foi realizada revisão de publicações sobre o tratamento da lesão do LCA: artigos históricos, artigos publicados na Revista Brasileira de Ortopedia nos últimos sete anos e 13 artigos na literatura internacional, selecionados a partir da sua qualidade metodológica. Acrescentou-se um estudo de coorte da casuística da reconstrução do LCA dos próprios autores. Na maioria dos trabalhos nacionais revistos, a indicação de tratamento cirúrgico é peremptória e os detalhes clínicos da constatação dessa lesão, aguda e crônica, são dados, unicamente, pela positividade dos testes, da gaveta anterior, Lachman e jerk test ou pivot shif, sem a avaliação dos ligamentos periféricos ou a própria constatação do tipo de instabilidade e a quantificação dos seus componentes. Nos 13 trabalhos internacionais, observou-se que o tratamento conservador do LCA é uma opção considerada, principalmente pelos resultados apresentados por pacientes assim conduzidos. No estudo da casuística própria, verificou-se que, dentre os pacientes operados, um número significativo de joelhos (55), correspondente a 6,2% do total, apareceu com nova lesão antes do segundo ano; esses eram justamente aqueles que haviam sido operados somente do LCA, apesar de ter apresentado testes positivos de instabilidade rotacional de moderada magnitude. Pode afirmar-se, assim, que é possível tratar conservadoramente a lesão do LCA e, que, portanto, o tratamento cirúrgico não é imperativo e, ainda, que esse, quando indicado, deverá ser planejado, considerando-se o grau de frouxidão decorrente da lesão dos ligamentos periféricos.
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