Jornal Brasileiro de Nefrologia | |
Impacto de uma abordagem interdisciplinar em crianças e adolescentes com disfunção do trato urinário inferior (DTUI) | |
Roberta Vasconcellos Menezes De Azevedo1  Eduardo Araújo Oliveira1  Monica Maria De Almeida Vasconcelos1  Breno Augusto Campos De Castro1  Fabiana Resende Pereira1  Nathalia Filgueiras Vilaça Duarte1  Patricia Moraes Resende De Jesus1  Giovana Teixeira Branco Vaz1  Eleonora Moreira Lima1  | |
关键词: bacteriuria; bexiga urinaria neurogênica; bexiga urinária hiperativa; cateterismo uretral intermitente; constipação intestinal; enurese; incontinência urinária; bacteriuria; constipation; enuresis; intermittent urethral catheterization; urinary bladder; overactive; urinary bladder; neurogenic; urinary incontinence; | |
DOI : 10.5935/0101-2800.20140065 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
Introdução: A disfunção do trato urinário inferior (DTUI) corresponde a alterações no enchimento ou esvaziamento de urina de causas neurogênicas, anatômicas e funcionais. Objetivo: Avaliar o impacto do tratamento em crianças e adolescentes com DTUI. Métodos: Coorte histórica de 15 anos de seguimento com participação de 192 pacientes (123F, 69M) com idade inicial de 0,1 a 16,8 anos, analisados à admissão (T0) e ao final do seguimento (T1). A maioria dos pacientes era do grupo neurológico (60,4%). O tratamento instituído foi a uroterapia com intervenção comportamental e cognitiva, micção de hora marcada, hidratação oral, dieta laxativa, biofeedback, eletroestimulação sacral, cateterismo vesical intermitente limpo (CIL), terapia anticolinérgica, enema retal, tratamento da infecção do trato urinário (ITU) e, nos casos refratários, procedimentos cirúrgicos, tais como a derivação urinária continente e incontinente (vesicostomia), ampliação vesical e conduto para a realização do enema anterógrado cólico. Resultados: Os principais sintomas foram incontinência urinária diurna (82,3%), enurese noturna não monossintomática (78,6%), incontinência fecal (54,2%) e constipação intestinal (47,9%). Detectou-se redução significativa da infecção do trato urinário (p = 0,0027), da incontinência urinária diurna (p < 0,001), da enurese noturna (p < 0,001), da incontinência fecal (p = 0,010) e do refluxo vesicoureteral (p = 0,01). Houve aumento significativo no uso do CIL (p = 0,021), da terapia com anticolinérgico (p < 0,001) e diminuição da quimioprofilaxia (p < 0,001). Conclusão: Este estudo mostrou que o tratamento da DTUI na criança deve ser individualizado, além de requerer uma monitorização constante dos parâmetros clínicos, laboratoriais e de imagem, para minimizar o risco de lesão renal.
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