Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia | |
Insulinoterapia, controle glicêmico materno e prognóstico perinatal: diferença entre o diabetes gestacional e o clínico | |
Neusa Aparecida De Sousa Basso2  Roberto Antonio Araújo Costa1  Cláudia Garcia Magalhães1  Marilza Vieira Cunha Rudge1  Iracema De Mattos Paranhos Calderon1  | |
[1] ,Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho Faculdade de Medicina de Botucatu Programa de Pós-Graduação em Ginecologia, Obstetrícia e MastologiaBotucatu SP ,Brasil | |
关键词: Insulina; Insulina; Diabetes gestacional; Gravidez; Glicemia; Prognóstico; Insulin; Insulin; Diabetes mellitus; Diabetes; gestational; Pregnancy; Blood glucose; Prognosis; | |
DOI : 10.1590/S0100-72032007000500006 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: avaliar protocolo de insulinoterapia e conseqüentes resultados maternos e perinatais, no diabetes gestacional e clínico, num serviço de referência para gravidez de alto risco. MÉTODOS: estudo prospectivo e descritivo, incluindo 103 gestantes portadoras de diabetes gestacional ou clínico, tratadas com insulina e acompanhadas no serviço, no período de outubro de 2003 a dezembro de 2005. Foram excluídos casos de gemelaridade, abortamento, abandono do pré-natal e parto fora do serviço. Compararam-se idade gestacional no início do tratamento; dose, aplicações/dia e incremento de insulina (UI/kg); média glicêmica e resultados perinatais. Utilizaram-se ANOVA e testes de Fisher e Goodman, considerando p<0,05. RESULTADOS: a multiparidade (92 versus 67,9%), o índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional >25 kg/m² (88 versus 58,5%), o ganho de peso <8 kg (36 versus 17%) e o maior incremento de insulina caracterizaram o diabetes gestacional. No diabetes clínico, apesar da maior proporção de média glicêmica ≥120 mg/dL (39,2 versus 24%) no final da gestação, a insulinoterapia teve início precoce (47,2 versus 4%), maior duração (56,6 versus 6%), e maior dose diária de insulina (92 versus 43 UI/dia), administrada em até três aplicações/dia (54,7 versus 16,0). A macrossomia foi maior entre os recém-nascidos do grupo diabetes gestacional (16 versus 3,8%), sendo o único resultado neonatal significativo. Não houve óbito neonatal e o único caso de óbito fetal ocorreu no diabetes clínico. As demais complicações neonatais não diferenciaram os grupos e a maioria dos recém-nascidos recebeu alta em até sete dias (46% versus 55,8%). CONCLUSÕES: a análise desta série de casos identificou diferenças no protocolo de insulinoterapia em relação à quantidade (UI/dia), à dose (UI/kg de peso) e ao número de aplicações diárias, mais acentuadas no diabetes clínico, e ao incremento de insulina, maior no diabetes gestacional. De modo indireto, a qualidade do controle glicêmico materno e os resultados perinatais satisfatórios atestaram que o protocolo de tratamento foi adequado e não dependeu do tipo de diabetes.
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