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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Depressão e ansiedade nos cuidadores de mulheres em fase terminal de câncer de mama e ginecológico
Vera Lucia Rezende2  Sophie Françoise Mauricette Derchain1  Neury José Botega1  Luis Otávio Sarian1  Daniela Landulfo Vial2  Sirlei Siani Morais2 
[1] ,Universidade Estadual de Campinas Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher Campinas SP ,Brasil
关键词: Qualidade de vida;    Assistência paliativa;    Neoplasias mamárias;    Neoplasias dos genitais femininos;    Depressão;    Ansiedade;    Quality of life;    Palliative care;    Breast neoplasms;    Genital neoplasms;    Depression;    Anxiety;   
DOI  :  10.1590/S0100-72032005001200006
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO: avaliar a freqüencia de ansiedade e depressão em cuidadores principais de mulheres em fase terminal de câncer de mama ou genital. MÉTODOS: para este estudo de corte transversal foram incluídos 133 cuidadores de pacientes sem possibilidades curativas, internadas no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, entre agosto de 2002 e maio de 2004. Das pacientes incluídas, 71 apresentavam câncer de mama e 62, câncer ginecológico. Foi aplicada a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e realizada entrevista para obter outras informações como idade, sexo, religião, parentesco com a paciente, profissão, se cuidava de outras pessoas, se a rotina dele mudou e se outras pessoas ajudavam a cuidar da paciente. Utilizou-se a regressão logística para cálculo do odds ratio (OR) e seus respectivos intervalos de confiança (IC), para avaliar a relação entre os diagnósticos de ansiedade e depressão entre os cuidadores informais. Para a análise múltipla foi considerado o critério de seleção de variáveis passo a passo. RESULTADOS: observou-se que 43% das pacientes indicaram como cuidador principal a filha e 24% o marido. A maioria dos cuidadores tinha idade superior a 35 anos (63%), 68% eram do sexo feminino, 59% estavam desempregados ou aposentados, 47% cuidavam de outra pessoa e 84% referiram mudança na rotina pelo fato de cuidar. A ansiedade foi detectada em 99 cuidadores principais (74,4%) e a depressão em 71 (53,4%), sendo estes estados fortemente relacionados entre si (OR=5,6; IC 95%: 2,2 a 15,9). Na análise bivariada, o marido apresentou menos ansiedade e, após regressão logística, apenas o fato de ser homem esteve relacionado com menor ansiedade. CONCLUSÃO: o processo de cuidar de paciente na fase terminal levou a altas taxas de ansiedade e depressão. Os homens e maridos despontaram neste estudo como cuidadores menos ansiosos.

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