Jornal Brasileiro de Psiquiatria | |
Perfil clínico e sociodemográfico de pacientes com esquizofrenia refratária tratados em um centro terciário | |
Marceli Cezaretto1  Ester Franco De Souza Freitas Silva1  Ariane Ambrizzi1  Victor Eduardo Dutra De Biase1  Elissandro De Freitas Silva1  Emirene Maria Trevisan Navarro Da Cruz1  Fabio Aparecido Borghi1  Gerardo Maria De Araújo Filho1  | |
关键词: Esquizofrenia; psicopatologia; fatores associados; refratariedade clínica; Schizophrenia; psychopathology; associated factors; refractoriness; | |
DOI : 10.1590/0047-2085000000024 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
Objetivos A esquizofrenia está associada a alto grau de incapacidade e importantes déficits neuropsicológicos, sociais e vocacionais. Pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de identificar fatores preditivos para refratariedade, a fim de melhorar o tratamento e a qualidade de vida do paciente com esquizofrenia. O presente estudo teve o objetivo de verificar a frequência de pacientes com esquizofrenia refratária acompanhados em serviço terciário, estabelecer o perfil clínico e sociodemográfico e analisar possíveis fatores associados à refratariedade clínica. Métodos Sessenta e oito pacientes com esquizofrenia foram incluídos no estudo, sendo 36 refratários ao tratamento (52,9%). Os dados clínicos e sociodemográficos de ambos os grupos foram coletados, analisados e comparados. Um modelo de regressão logística foi elaborado com o objetivo de analisar possíveis fatores associados à refratariedade clínica. Resultados Entre o grupo refratário, houve maior frequência do sexo masculino (p = 0,03), número de antipsicóticos em uso (p < 0,01), internações ao longo da vida (p < 0,01) e de polifarmácia (p < 0,01). Escolaridade, estado civil, história familiar de esquizofrenia e uso de substâncias não foram confirmados como associados à refratariedade. Observou-se atraso temporal entre o estabelecimento da refratariedade clínica e a introdução da clozapina, indicado como o melhor antipsicótico para o tratamento de esquizofrenia refratária. Conclusão É importante e necessário o desenvolvimento de mais pesquisas a fim de investigar possíveis fatores clínicos e sociodemográficos preditores de refratariedade em pacientes com esquizofrenia, objetivando o início mais precoce de ações terapêuticas.
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