Revista de Saúde Pública | |
Experiência de importação de equipamentos para pesquisa no ELSA-Brasil | |
Cristiana Paula Matos De Almeida1  Estela M L Aquino1  Eduardo L A Mota1  Fábio Batista Mota1  Valéria Cerqueira Campos Braga1  Roberto Marini Ladeira1  Gabriela Feiden Silva1  Angelita Gomes De Souza1  Rosalba Oliveira1  | |
关键词: Tecnologia Biomédica; legislação & jurisprudência; Equipamentos Médicos Duráveis; Equipamentos para Diagnóstico; Importação de Produtos; Estudos Multicêntricos como Assunto; métodos; Estudos de Coortes; Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico; Biomedical Technology; legislation & jurisprudence; Durable Medical Equipment; Diagnostic Equipment; Importation of Products; Multicenter Studies as Topic; methods; Cohort Studies; Scientific Research and Technological Development; | |
DOI : 10.1590/S0034-8910.2013047004286 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Políticas de fomento à pesquisa em saúde foram estabelecidas na última década, avançando a produção científica nacional. Tal movimento não foi acompanhado do aperfeiçoamento do arcabouço legal-institucional, dificultando o desenvolvimento dos projetos de pesquisa. Isso inclusive no que tange às atividades de importação de equipamentos. O objetivo deste artigo foi analisar o processo de importação de equipamentos para o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil).MÉTODOS: Trata-se de estudo de caso, com dados coletados em documentos internos do ELSA-Brasil em cinco Centros de Investigação e respectivas fundações de apoio. Foram analisados documentos de importação de: velocidade de onda de pulso, bioimagem e retinografia. Adicionalmente, foram realizadas entrevistas não estruturadas com pesquisadores e informantes chave nas fundações. Os dados foram tratados e organizados em três etapas: administrativa-operacional, cambial e fiscal. Foram calculados os intervalos de duração dessas etapas de modo comparativo entre os centros.RESULTADOS: A necessidade de padronização dos equipamentos em estudo multicêntrico exigiu atuação conjunta de instituições executoras e fundações. Dos equipamentos analisados, a primeira etapa, a administrativa-operacional, teve duração variada (mínimo 8 e máximo de 101, com média de 55 dias), sendo mais demorada quando incluía pareceres jurídicos. A segunda etapa, a cambial, mais longa que a primeira, não apresentou entraves ao processo (mínimo 11 e máximo 381, média de 196 dias). A terceira etapa, a fiscal, foi a mais longa (mínimo 43 e máximo 388 dias, média de 215,5 dias), devido à liberação dos equipamentos sem registro no País. Outros fatores que representaram entraves: inexperiência dos centros de investigação e das instituições em trabalhar em rede; inadequação da legislação nacional às especificidades da pesquisa científica; e falta de profissionais especializados em gestão de projeto científico.CONCLUSÕES: Os resultados mostram morosidade no processo de importação de equipamentos para pesquisa no Brasil, devido, especialmente, a entraves de ordem legal, burocrática e gerencial.
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