Revista de Saúde Pública | |
Política de Saúde Mental no Brasil: evolução do gasto federal entre 2001 e 2009 | |
Renata Weber Gonçalves2  Fabíola Sulpino Vieira1  Pedro Gabriel Godinho Delgado1  | |
[1] ,Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Psiquiatria Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde MentalRio de Janeiro RJ ,Brasil | |
关键词: Saúde Mental; Avaliação de Programas e Projetos de Saúde; economia; Gastos em Saúde; Alocação de Recursos; Política de Saúde; Sistema Único de Saúde; Mental Health; Program Evaluation; economics; Health Expenditures; Resource Allocation; Health Policy; Unified Health System; Salud Mental; Evaluación de Programas y Proyectos de Salud; economía; Gastos en Salud; Asignación de Recursos; Política de Salud; Sistema Único de Salud; | |
DOI : 10.1590/S0034-89102011005000085 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Analisar a evolução de estimativas do gasto federal com o Programa de Saúde Mental desde a promulgação da lei nacional de saúde mental. MÉTODOS: O gasto federal total do Programa de Saúde Mental e seus componentes de gastos hospitalares e extra-hospitalares foi estimado a partir de 21 categorias de gastos de 2001 a 2009. Os valores dos gastos foram atualizados para valores em reais de 2009 por meio da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Foi calculado o valor per capita/ano do gasto federal em saúde mental. RESULTADOS: Observou-se o crescimento real de 51,3% do gasto em saúde mental no período. A desagregação do gasto revelou aumento expressivo do valor extra-hospitalar (404,2%) e decréscimo do hospitalar (-39,5%). O gasto per capita teve crescimento real menor, embora expressivo (36,2%). A série histórica do gasto per capita desagregado mostrou que em 2006, pela primeira vez, o gasto extra-hospitalar foi maior que o hospitalar. O valor per capita extra-hospitalar teve o crescimento real de 354,0%; o valor per capita hospitalar decresceu 45,5%. CONCLUSÕES: Houve crescimento real dos recursos federais investidos em saúde mental entre 2001 e 2009 e investimento expressivo nas ações extra-hospitalares. Houve inversão no direcionamento dos recursos, a partir de 2006, na direção dos serviços comunitários. O componente do financiamento teve papel crucial como indutor da mudança de modelo de atenção em saúde mental. O desafio para os próximos anos é sustentar e aumentar os recursos para a saúde mental num contexto de desfinanciamento do Sistema Único de Saúde.
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