Revista de Saúde Pública | |
Intoxicações por agrotóxicos entre trabalhadores rurais de fruticultura, Bento Gonçalves, RS | |
Neice Müller Xavier Faria2  José Antônio Rodrigues Da Rosa2  Luiz Augusto Facchini1  | |
[1] ,Secretaria Municipal de Saúde de Bento Gonçalves Serviço de Vigilância Epidemiológica Bento Gonçalves RS ,Brasil | |
关键词: Envenenamento; epidemiologia; Praguicidas; Exposição Ocupacional; Acidentes de Trabalho; Riscos Ocupacionais; Saúde do Trabalhador; Epidemiologia Descritiva; Poisoning; epidemiology; Pesticides; Occupational Exposure; Accidents; Occupational; Occupational Risks; Occupational Health; Epidemiology; Descriptive; Envenenamiento; epidemiología; Plaguicidas; Exposición Profesional; Accidentes de Trabajo; Riesgos Laborales; Salud Laboral; Epidemiología Descriptiva; | |
DOI : 10.1590/S0034-89102009005000014 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Descrever a exposição ocupacional e a incidência de intoxicações agudas por agrotóxicos, especialmente os organofosforados. MÉTODOS: Estudo descritivo com 290 agricultores da fruticultura do município Bento Gonçalves, RS, conduzido em duas etapas, no ano 2006. Ambas etapas foram completadas por 241 trabalhadores: no período de baixo uso e de intenso uso dos agrotóxicos. Foram coletados dados sobre a propriedade, exposição ocupacional aos agrotóxicos, dados sociodemográficos e freqüência de problemas de saúde utilizando-se questionário padronizado. As intoxicações foram caracterizadas por relato de episódios, sintomas relacionados aos agrotóxicos e exames de colinesterase plasmática. Os casos foram classificados segundo a matriz proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS). RESULTADOS: Em média foram usados 12 tipos de agrotóxicos em cada propriedade, principalmente glifosato e organofosforados. A maioria usava trator durante a aplicação de pesticidas (87%), entregava as embalagens para a coleta seletiva (86%) e usava equipamentos de proteção durante as atividades com agrotóxicos (>94%). Dentre os trabalhadores, 4% relataram intoxicações por agrotóxicos nos 12 meses anteriores à pesquisa e 19% em algum momento da vida. Segundo o critério proposto pela OMS, 11% foram classificados como casos prováveis de intoxicação aguda. Entre os que tinham usado organofosforados nos dez dias anteriores ao exame, 2,9% apresentaram dois ou mais sintomas relacionados aos agrotóxicos, assim como redução de 20% da colinesterase. CONCLUSÕES: A ocorrência de intoxicações a partir da percepção dos trabalhadores esteve dentro do esperado, mas a estimativa com base na classificação da OMS captou uma proporção maior de casos. A quebra na safra reduziu o uso de inseticidas e pode explicar a baixa ocorrência de alterações laboratoriais. Os critérios para definição de intoxicação por agrotóxicos, bem como os parâmetros oficiais de monitorização, devem ser reavaliados buscando proteger melhor os trabalhadores.
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