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Revista de Saúde Pública
Mudanças no âmbito da testagem anti-HIV no Brasil entre 1998 e 2005
Ivan França Junior2  Gabriela Calazans1  Eliana Miura Zucchi1 
[1] ,Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Públic Departamento de Saúde Materno-InfantilSão Paulo SP ,Brasil
关键词: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida;    HIV;    Fatores Socioeconômicos;    Síndrome de Imunodeficiência Adquirida;    Desigualdades em Saúde;    Estudos Transversais;    Estudos Populacionais em Saúde Pública;    Brasil;    Estudos transversais;    Acquired Immunodeficiency Syndrome;    HIV;    Socioeconomic Factors;    Health Knowledge;    Health Inequalities;    Cross-Sectional Studies;    Population Studies in Public Health;    Brazil;    Cross-sectional studies;   
DOI  :  10.1590/S0034-89102008000800011
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO: Analisar mudanças na realização de teste anti-HIV, as razões alegadas entre as pessoas que foram ou não testadas e o recebimento de aconselhamento. MÉTODOS: Estudos transversais conduzidos com homens e mulheres de 16 a 65 anos, com amostras representativas do Brasil urbano em 1998 (n=3.600) e 2005 (n=5.040). Características sociodemográficas, sexuais, reprodutivas e de experiências de vida e saúde foram consideradas na análise. A avaliação das possíveis diferenças nas distribuições das variáveis baseou-se nos testes qui-quadrado de Pearson e F design-based (±<5%). RESULTADOS: Em 1998, 20,2% dos entrevistados haviam realizado o teste e 33,6% em 2005. Foram testadas 60% das mulheres na faixa 25-34 anos, mas as que iniciaram a vida sexual antes dos 16 anos e reportaram quatro ou mais parceiros sexuais nos cinco anos anteriores à entrevista foram menos testadas. Não se observou aumento significativo da testagem entre homens, exceto para os de 55-65 anos, renda per capita entre 1-3 e 5-10 salários mínimos, aposentados, protestantes históricos e adeptos de cultos afro-brasileiros, moradores da região Norte/Nordeste e os que declararam parceria homo/bissexual ou não tiveram relações sexuais nos cinco anos anteriores à entrevista. Não aumentou a freqüência de testagem entre pessoas auto-avaliadas como sob alto risco para o HIV. Entre as mulheres, a freqüência de testagem pré-natal aumentou e a testagem por trabalho diminuiu entre os homens. Em 2005, metade dos testados não recebeu orientação antes ou após o teste. CONCLUSÕES: Houve expansão desigual na testagem, atingindo principalmente mulheres em idade reprodutiva, adultas e pessoas com melhores condições sociais. A testagem parece estar aumentando no País sem a devida atenção à decisão autônoma das pessoas e sem o provimento de maior e melhor oferta de aconselhamento.

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