Revista de Saúde Pública | |
Crianças órfãs e vulneráveis pelo HIV no Brasil: onde estamos e para onde vamos? | |
Ivan França-junior2  Marlene Doring1  Isete Maria Stella1  | |
[1] ,Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Departamento de Saúde Materno-InfantilSão Paulo SP ,Brasil | |
关键词: HIV; Síndrome de imunodeficiência adquirida; Criança; Adolescente; Defesa da criança e do adolescente; Direitos humanos; Nações Unidas; Vulnerabilidade e saúde; Órfãos; HIV; Acquired immunodeficiency syndrome; Child; Adolescent; Child advocacy; Human rights; United Nations; Vulnerability and health; Orphanages; | |
DOI : 10.1590/S0034-89102006000800005 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
O objetivo do artigo foi identificar a magnitude e a situação de alguns direitos humanos, conforme expressos na United Nations General Assembly Special Session on HIV/AIDS, de crianças e adolescentes portadores de HIV/Aids, afetados não-órfãos e órfãos por Aids, com base em pesquisa sobre o tema na literatura científica nacional e internacional. Os principais achados não permitiram indicar com segurança quantos seriam as crianças e os adolescentes portadores do HIV e afetados não-órfãos. Há informações sobre o número de portadores de Aids e de órfãos. Estas estimativas, sejam elas oriundas do sistema de vigilância, modelos matemáticos ou inquéritos, são discutidas em suas limitações e possibilidades. Apesar da literatura ainda ser relativamente pequena, há indícios de comprometimento de vários direitos como saúde, educação, moradia, alimentação, não discriminação, integridade física e mental. Verificou-se que o Brasil ainda precisa avançar para responder às necessidades adicionais dos órfãos e outras crianças vulneráveis. A resposta brasileira, até o momento, é limitada à assistência médica para crianças e adolescentes portadores do HIV/Aids, ao combate à transmissão vertical do HIV e ao financiamento da instalação e manutenção de casas de apoio (abrigos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente) para infectados afetados, órfãos ou não. Essas medidas são insuficientes para garantir um ambiente de apoio para órfãos, crianças e adolescentes infectados ou afetados pelo HIV/Aids. Propõem-se formas do Brasil criar e aprimorar bases de dados para responder a esses desafios.
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