Revista de Saúde Pública | |
Evolução de homicídios por área geográfica em Pernambuco entre 1980 e 1998 | |
Maria Luiza C De Lima2  Edinilsa Ramos De Souza1  Ricardo Ximenes2  Maria De Fátima Pm De Albuquerque1  Jan Bitoun1  Maria Dilma De A Barros1  | |
[1] ,Universidade de Pernambuco Faculdade de Ciências Médicas Núcleo de Pós-GraduaçãoRecife PE ,Brasil | |
关键词: Homicídio; Mortalidade; Violência; Séries de tempo; Coeficiente de mortalidade; Sistemas de informação; Atestados de óbito; Fatores socioeconômicos; Homicide; Mortality; Violence; Time series; Mortality rate; Information systems; Death certificates; Socioeconomic factors; | |
DOI : 10.1590/S0034-89102002000400012 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Analisar magnitude e evolução temporal de homicídios na população masculina, segundo divisão geopolítica. MÉTODOS: Foi realizado estudo do tipo ecológico, no qual se efetuou uma análise de série temporal utilizando-se as técnicas de média móvel e análise de regressão. Foi estudada a população masculina de 15 a 49 anos de idade, residente no estado de Pernambuco, Brasil. A fonte de dados utilizada para os óbitos foi o Sistema de Informação em Mortalidade do Ministério da Saúde. Para a população, foram usados os dados dos censos de 1980, 1991 e a contagem populacional de 1996 da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para os anos intercensitários, as populações foram estimadas por interpolação e, para os anos de 1997 e 1998, por projeção, usando-se o método geométrico. RESULTADOS: Na década de 1980, houve crescimento mais elevado (390%) nas taxas de homicídios em Recife, capital do estado de Pernambuco. Na década de 90, o maior crescimento ocorreu na região metropolitana (68,5%), sugerindo disseminação da violência da capital em direção aos demais municípios da grande Recife. A tendência das taxas de homicídios apresentou comportamento de crescimento linear no interior do estado. Já na capital e região metropolitana, esse comportamento caracterizou-se por um crescimento exponencial. O percentual de homicídios por arma de fogo a partir de 1984 apresentou-se acima de 50% nas três áreas estudadas. CONCLUSÕES: A evolução dos homicídios nas três áreas estudadas revela um crescimento diferenciado e ressalta que embora seja o mesmo fenômeno -- homicídio masculino --, as dinâmicas geradoras desse processo possuem especificidades entre esses espaços mais urbanos e o interior que devem ser levadas em consideração no desenvolvimento de políticas públicas regionalizadas de assistência às vítimas e de prevenção desses eventos.
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