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Revista de Saúde Pública
Fadiga e capacidade para o trabalho em turnos fixos de doze horas
Ricardo Jorge Metzner1  Frida Marina Fischer1 
[1] ,Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Departamento de Saúde AmbientalSão Paulo SP ,Brasil
关键词: Trabalho em turnos;    Fadiga;    Avaliação da capacidade de trabalho;    Jornada de trabalho;    Trabalho noturno;    Estilo de vida;    Condições de trabalho;    Sono;    Exercício;    Estudos transversais;    Semana reduzida de trabalho;    Turnos fixos de doze horas;    Índice de capacidade para o trabalho;    Shift work;    Fatigue;    Work capacity evaluation;    Working hours;    Night work;    Life style;    Working conditions;    Sleep;    Exercise;    Cross-sectional studies;    Compressed workweek;    Fixed twelve-hour shifts;    Workability index;   
DOI  :  10.1590/S0034-89102001000600008
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO: Analisar as variáveis que interferem na percepção de fadiga e na capacidade para o trabalho em trabalhadores que executam suas atividades em turnos fixos diurnos e noturnos. MÉTODOS: Estudo transversal, com participação de 43 trabalhadores de turnos diurnos e noturnos de uma indústria têxtil, que trabalhavam em turnos fixos de 12 horas diárias e semana reduzida. Mediante vários questionários, o grupo estudado respondeu a questões sobre: fadiga, índice de capacidade para o trabalho, características individuais, estilos de vida e condições de trabalho. Foi feita análise de regressão linear univariada. RESULTADOS: Os fatores que influenciaram a percepção de fadiga associam-se a estilos de vida dos trabalhadores (a prática de exercício físico é um fator protetor) e à dificuldade em manter o sono, que, se presente, aumenta a percepção de fadiga. Os fatores associados à percepção do índice de capacidade para o trabalho (ICT) foram o tempo de exercício na função e o turno noturno de trabalho: quanto maior o primeiro, menor o ICT; trabalhar à noite aumenta o ICT. A duração da jornada diária de 12 horas pode provocar aumento considerável na carga de trabalho, influenciando a percepção do trabalhador sobre a capacidade para o trabalho, a fadiga e as alterações do sono. CONCLUSÕES: Os resultados indicam que nem sempre o trabalho noturno mostra-se como fator prejudicial à saúde. Entretanto, a amostra estudada é pequena, o estudo é transversal, e pode ter ocorrido um efeito de seleção. Assim, é necessária a realização de estudos longitudinais, com amostras maiores, dado que o ICT tende a diminuir à medida que aumenta o tempo na função.

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