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Jornal de Pediatria
Lipodistrofia em crianças e adolescentes com síndrome da imunodeficiência adquirida e sua relação com a terapia antirretroviral empregada
Roseli Oselka Saccardo Sarni2  Fabíola Isabel Suano De Souza1  Tânia Regina Beraldo Battistini1  Tassiana Sacchi Pitta1  Ana Paula Fernandes1  Priscila Chemiotti Tardini1  Fernando Luis Affonso Fonseca1  Valter Pinho Dos Santos1  Fábio Ancona Lopez1 
[1] ,Faculdade de Medicina do ABC Departamento de Pediatria Serviço de NutrologiaSanto André SP
关键词: Síndrome da imunodeficiência adquirida;    lipodistrofia;    dislipidemias;    pediatria;    agentes antirretrovirais;    Acquired immunodeficiency syndrome;    lipodystrophy;    dyslipidemias;    pediatrics;    antiretroviral agents;   
DOI  :  10.2223/JPED.1910
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO: Avaliar a presença de lipodistrofia clínica em crianças com síndrome da imunodeficiência adquirida e relacioná-la com o esquema antirretroviral utilizado, alterações do perfil lipídico e resistência insulínica. MÉTODOS: Por meio de estudo transversal, foram avaliadas 30 crianças e adolescentes (mediana de idade = 9,1 anos) com síndrome da imunodeficiência adquirida, no período entre 2004 e 2005. As avaliações clínico-laboratoriais incluíram: classificação da infecção pelo HIV, medidas antropométricas (peso e estatura), glicemia e insulina séricas e perfil lipídico (LDL-c, HDL-c, triglicérides). A lipodistrofia foi definida por parâmetros clínicos. O teste do qui-quadrado foi utilizado na análise estatística. RESULTADOS: Todos os pacientes recebiam terapia antirretroviral regularmente (mediana de tempo de uso = 28,4 meses), 80% utilizavam três drogas em associação (terapia fortemente ativa) e 30% usavam inibidores de protease. Lipodistrofia e dislipidemia foram observadas em 53,3 e 60% dos pacientes, respectivamente. Crianças que utilizavam terapia fortemente ativa com inibidor de protease apresentaram maior percentual de lipodistrofia mista, com diferença estatisticamente significante em relação ao grupo com terapia fortemente ativa sem inibidor de protease e ao grupo sem terapia fortemente ativa (44,4 versus 16,7%; p = 0,004). Não se observou diferença estatisticamente significante entre presença de lipodistrofia e gênero, idade (> 10 anos), alterações do perfil lipídico e resistência insulínica. CONCLUSÕES: A elevada prevalência de dislipidemia e lipodistrofia verificada nas crianças com síndrome da imunodeficiência adquirida, mostrando relação com o esquema antirretroviral empregado, pode significar um risco elevado para o desenvolvimento futuro de complicações, especialmente as cardiovasculares.

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