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Pesquisa Veterinária Brasileira
Determination of magnesium, chloride, calcium and phosphorus serum reference values for Dorper and Santa Inês sheep breeds
Sousa, Thiago J.1  Loureiro, Dan3  Portela, Ricardo W.3  Meyer, Roberto3  Raynal, José T.3  Sena, Ludmilla S.3  Bastos, Bruno L.2  Souza, Bianca C.3 
[1] Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil;UFBA, Vitória da Conquista, Brazil;Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brazil
关键词:  Serum reference values;    sheep;    magnesium;    chloride;    calcium;    phosphorus;    electrolytes;    clinical biochemistry;   
DOI  :  10.1590/S0100-736X2016000300004
来源: Colegio Brasileiro de Patologia Animal-CBPA
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【 摘 要 】

:The sheep industry in Brazil is an important economic activity, and with the increasing global demand for sheep meat there is a great interest in the monitoring of the herd health, and serum reference ranges are basic tools for veterinary clinical pathology assays. Mineral elements correspond to 2-5.5% of the body of vertebrates, holding different functions in their physiology. The objective of this study was to obtain reference intervals of the electrolytes magnesium, phosphorus, chloride and calcium for the Dorper and Saint Ines sheep breeds. Sera samples were collected from 487 clinically healthy sheep, 146 from Dorper and 341 from Santa Ines breed. Electrolytes were measured using commercial kits. Data were analyzed taking the race, sex and age variables in account, and reference ranges were established. The results revealed significant statistical differences in reference ranges obtained for the electrolytes calcium and magnesium concerning the variable race, and for the electrolyte phosphorus in the variable age and, when compared with reference values already published, proved the existence of significant differences.Index Terms: Serum reference values; sheep; magnesium; chloride; calcium; phosphorus; electrolytes; clinical biochemistryIntroduçãoA ovinocultura no Brasil é uma alternativa de exploração pecuária que vem alcançando grande desenvolvimento, principalmente devido ao aumento da demanda de produção de carne. A criação de ovinos de corte da raça Santa Inês vem crescendo entre os produtores pela rusticidade da raça e capacidade de adaptação às diversas condições climáticas e econômicas das regiões brasileiras, destacando-se a Nordeste (Cruz 2009). A raça Dorper apresenta alta taxa de desenvolvimento de carcaça com boa conformação, sendo muito utilizada em cruzamentos com ovelhas de raças nativas do Nordeste, tais como a Santa Inês, em virtude do seu porte e da velocidade de crescimento (Carneiro et al. 2007). Também já foi descrito que características genéticas da raça Dorper conferem maior resistência a parasitos gastrointestinais (Benavides et al. 2015), o que torna essa raça de alto interesse para criação em regiões brasileiras caracterizadas por alta infestação com esses parasitos (Wilmsen et al. 2014).Com o objetivo de aumentar a produção de carne ovina, aumentou-se o interesse no monitoramento da sanidade do rebanho, utilizando diversas ferramentas como auxiliares no diagnóstico clínico, tais como os intervalos de referência para metabólitos sanguíneos (componentes hemato-bioquímicos) (Peixoto & Osório 2007). De acordo com a definição da International Federation of Clinical Chemistry (IFCC), valores de referência são determinados em uma população bem definida de indivíduos saudáveis selecionados de acordo com critérios preestabelecidos (Geffré et al. 2009). Estes valores podem variar significativamente de uma população estudada para outra, já que fatores como gestação, idade, sexo e raça, dentre outros, tem influência direta na concentração de alguns analitos pesquisados (CLSI 2008).Os elementos minerais constituem 2 a 5,5% do corpo dos animais vertebrados. Devido à diversidade de funções que exercem no organismo, são importantes em diversos processos de bioquímica fisiológica (Geraseev et al. 2001). Os cloretos são os ânions mais abundantes no compartimento extracelular, e a concentração no plasma e a eliminação destes íons são usualmente concomitantes com as do sódio. Os íons magnésio são importantes para a manutenção da integridade do DNA e também são cofatores essenciais para inúmeras enzimas envolvidas nos processos de reparo ao DNA (Kaneko 2008). O cálcio tem um papel importante na liberação do sítio ativo das pontes cruzadas actina-miosina durante a contração muscular, e são transportados de volta ao líquido endoplasmático após a contração muscular (Bucci et al. 2006). A energia proveniente da alimentação é armazenada em forma de ATP (adenosina trifosfato), composta por três íons fósforo, e os ATPs representam o reservatório de energia potencial, que poderá ser usado nos diversos processos biológicos do organismo que necessitem de energia, como a contração muscular (Rossi & Tirapegui 1999).O objetivo deste trabalho foi obter valores de referência para os eletrólitos magnésio, fósforo, cloretos e cálcio em ovinos das raças Dorper e Santa Inês. Pode-se achar na literatura científica trabalhos sobre intervalos de referência para proteínas séricas de ovinos (Miglio et al. 2015), mas ainda não foram publicados trabalhos detalhados sobre os intervalos de referência dos referidos eletrólitos nas raças supracitadas e em condições de criação semi-intensiva.Material e MétodosForam utilizadas neste trabalho 784 amostras de soros de ovinos clinicamente saudáveis das raças Dorper e Santa Inês oriundos de diversas regiões do Estado da Bahia. Todos esses animais tinham registro na Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) ou na Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos do Estado da Bahia (ACCOBA), o que os certifica como sendo animais pertencentes a cada raça. Além disso, todos passaram por rigorosa avaliação clínica veterinária quanto à coloração de mucosas, estado de hidratação, temperatura corporal, ocorrência de linfoadenomegalia ou esplenomegalia, e realização de metodologia FAMACHA para detecção de possíveis infectados com helmintos. Os animais que apresentavam quaisquer alterações nesses parâmetros não foram incluídos no estudo. Fêmeas submetidas a inseminação artificial ou monta natural, ou com sintomas de gestação, também foram excluídas. Foi verificado também que todos os animais incluídos tivessem tratamento antiparasitário rigoroso. Desses animais, através de informações das Associações de Criadores e com base no número de registro de cada um, foi possível identificar a raça de 487, sendo que 146 eram da raça Dorper e 341 eram da raça Santa Inês. Também foi possível identificar a faixa etária de 250 animais, e o sexo de 486 animais. Uma exposição mais informativa do número de animais estudados, com o número de animais com identificação de raça, sexo e idade pode ser visto no Quadro 1. Quadro 1: Número de animais incluídos no estudo, e divisão por raça, sexo e idade  As coletas de sangue foram realizadas por venopunção jugular, utilizando-se tubos de coleta à vácuo sem anticoagulante. Para a obtenção de soro, os tubos foram centrifugados a 4.000 RPM durante dez minutos. As amostras de soros foram aliquotadas em microtubos e mantidas em freezer a -20º C até o seu uso.Para a mensuração dos eletrólitos, foram utilizados kits comerciais (Labtest Diagnóstica S. A., Lagoa Santa, Minas Gerais), aliados à utilização de espectrofotômetro (Cary 50Bio, VARIAN, Palo Alto, California, EUA). As instruções de uso fornecidas pelo fabricante foram seguidas. Antes da realização dos procedimentos, todo o material utilizado para a mensuração passou uma série de três lavagens com água deionizada e bidestilada e álcool 70%, com o objetivo de retirar as impurezas e os resíduos de eletrólitos. Cada amostra foi medida em duplicata, sendo que os resultados obtidos representam a média dessas duplicatas. Um resumo dos kits comerciais utilizados e das metodologias empregadas está descrito no Quadro 2. Quadro 2: Kits comerciais e metodologias empregadas na mensuração dos eletrólitos cloretos, magnésio, cálcio e fósforo  Os íons magnésio foram mensurados por reação de ponto final: em meio alcalino, os íons reagem com o magon sulfonado (cor azul), formando um complexo de cor rósea (complexo magnésio-magon) que é proporcional à quantidade de íons magnésio na amostra, medido colorimetricamente a 505 nm (Bohuon 1962). Os íons fósforo foram também mensurados por reação de ponto final: eles reagem com o molibdênio em meio ácido, formando um complexo amarelo, que por ação de um tampão alcalino é reduzido a azul-molibdênio, o qual foi medido colorimetricamente a 650nm (Baginsk 1969). Com relação aos íons cloretos, foi realizada reação de ponto final onde os mesmos reagem com o tiocianato de mercúrio formando o cloreto mercúrico e íons tiocianato; estes reagem com os íons férrico, formando o tiocianato férrico de cor amarela, o qual foi medido colorimetricamente a 450nm (Burtis & Ashwood 1994). Para os íons cálcio, foi realizada reação onde os mesmos reagem com a púrpura de cresolftaleína em meio alcalino, formando um complexo de cor violeta de intensidade proporcional à concentração de cálcio na amostra, medido colorimetricamente a 595nm (Cooper 1983).Todos os dados obtidos foram inseridos no software EXCEL (Microsoft Office 2007, Microsoft Corporation, Redmond, Washington, USA) para a realização das análises iniciais. Primeiramente, foram calculados o desvio padrão e as médias entre as duplicatas das amostras. Logo após, as médias dos valores das densidades ópticas (D.O.) foram transformadas em unidades de concentração de acordo com os cálculos fornecidos pelo fabricante dos kits. Os valores aberrantes ou atípicos (outliers) foram detectados e descartados seguindo o procedimento de Tu

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