| Pesquisa Veterinária Brasileira | |
| Evaluation of vitality in lambs born by normal delivery and cesarean section | |
| Feitosa, Francisco Leydson F.1  Santos, Paulo Sérgio P. dos1  Araújo, Marcelo A. de1  Bovino, Fernanda1  Mendes, Luiz Claudio N.1  Camargo, Diogo G. de1  Costa, Felipe de P.1  Peiró, Juliana R.1  | |
| [1] Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, Brazil | |
| 关键词: Â Sheep; newborn; APGAR; cesarean section; vital parameters.; | |
| DOI : 10.1590/S0100-736X2014001300003 | |
| 来源: Colegio Brasileiro de Patologia Animal-CBPA | |
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【 摘 要 】
:The aim of this study was to evaluate vitality of lambs born by normal delivery and cesarean section, during 48 hours of life, by means of APGAR score, behavior and vital parameters. The first group was formed with lambs born by normal delivery (NORMAL) and the other two groups were formed with lambs born by cesarean sections, but with two different anesthetic protocols, one used inhalation anesthesia (INAL) and the other total intravenous anesthesia (TIVA). Lambs in the NORMAL group obtained higher pontuation in Apgar score. At birth and 15 minutes, 93.75% of lambs NORMAL group obtained maximum score (7-8), while no lambs born by cesarean section obtained this score at birth. At 15 minutes, 25.00% of the lambs INAL group received the same score. The heart rate remained virtually unchanged for both groups, with a tendency to decrease values, at 24 hours for group TIVA animals. The respiratory rate at birth for the animals delivered by cesarean section (26±25 bpm, INAL; 5±5 bpm, TIVA) was significantly lower than for the ones of the normal delivery. Nevertheless, that value at 60 minutes was found quite close. A tendency for decreasing temperature values was verified until the 15 minutes in all groups, lasting until 60 minutes in animals in the TIVA group. Lambs born by c-section have lower vitality than lambs born by normal delivery.Index Terms: Sheep; newborn; APGAR; cesarean section; vital parameters.IntroduçãoA adaptação do neonato à vida extrauterina é lenta (Nowak et al. 2000). As adaptações que resultam em modificação da circulação fetal para a adulta requerem transição, durante a qual o sistema cardiorrespiratório sofre alterações significativas (Knottenbelt et al. 2004).A asfixia neonatal (acidose neonatal) é um complexo patológico que acomete ruminantes recém-nascidos, principalmente bezerros, e que tem a sua origem já no meio intrauterino e/ou durante o processo do parto, quando o feto tem passagem muito demorada para o meio extrauterino (Benesi 1993).Os neonatos têm o centro termorregulador ainda não completamente desenvolvido e, por isso, frequentemente apresentam temperatura corpórea de 0,5-1,0°C mais elevada que os animais adultos, situando-se entre 39,5 - 40,5oC, para cordeiros (Terra & Reinolds 2014).De maneira geral, a coloração normal para as mucosas é rósea clara, com discretas variações. Os animais, ao nascimento, apresentam coloração rósea menos intensa (Feitosa & Benesi 2014).Na medicina humana a vitalidade do bebê recém-nascido é avaliada nos primeiros minutos de vida extrauterina empregando-se o sistema de avaliação desenvolvido por Apgar (1953). Este sistema foi desenvolvido para avaliar, de forma simples, através de pontuação, o grau de vitalidade do neonato, sendo possÃvel que pessoas com o mÃnimo de treinamento possam executá-lo (Knottenbelt et al. 2004 ), na detecção de sinais precoces de asfixia periparto (Lester & Axon 2014).Segundo Knottenbelt et al. (2004), o teste APGAR, utilizados em potros apresenta resultados mais fiéis quando realizado no intervalo entre um e três minutos de vida. Já, Vaala et al. (2006), relataram que o teste Apgar, em bezerros, é mais fidedigno quando realizado entre 10 e 15 minutos pós-parto.Outra maneira menos objetiva para avaliar a vitalidade dos neonatos é através da observação e da mensuração do tempo em que os neonatos demoram a realizar determinados movimentos espontâneos, tais como: tempo para posicionar-se em decúbito esternal, para manter-se em pé e para realizar a primeira mamada, ou a combinação dessas atitudes, associadas aos parâmetros vitais (Boyd 1989, Vannucchi et al. 2012). Neonatos hipóxicos fazem esforços para parecer alerta inicialmente, mas apresentam dificuldade para manterem-se em decúbito esternal, possuem reflexo de sucção diminuÃdo ou ausente, são lentos para ficar em estação ou permanecem em decúbito e desenvolvem atividade mental deprimida em poucas horas (House 2014).Normalmente, quando há indicação de cesariana, vários fenômenos encontram-se associados. Entre os mais importantes, cita-se a emergência requerida à distocia materna e/ou fetal, tornando o ato cirúrgico e a anestesia mais difÃceis. Nestes casos o risco de morte aumenta, pois ocorrem eventos fisiológicos que alteram a resposta da paciente e do feto em relação ao anestésico (Massone 2008).Os agentes anestésicos que afetam o sistema nervoso central materno produzirão os mesmos efeitos no feto, que são caracterizados, geralmente, por depressão e viabilidade diminuÃda (Raffe & Carpenter 2007). A oxigenação uterina é diretamente proporcional à pressão de perfusão e indiretamente proporcional à resistência vascular uterina, ou seja, como na gestante anestesiada há diminuição na circulação uterina, pode haver redução na viabilidade fetal (Gaido 1997).A biotransformação de drogas realizada pelo feto não é tão eficiente como no adulto, pois seu sistema enzimático microssomal não está completamente desenvolvido (Gaido 1997). Como a função renal do feto ainda não é eficiente, a excreção dos fármacos se torna prejudicada (Massone 2008).O presente trabalho teve como objetivo avaliar a vitalidade por meio do escore APGAR,do comportamento e dos parâmetros vitais de cordeiros nascidos de partos normais e de cesarianas eletivas.Material e MétodosO projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética na Experimentação Animal da Faculdade de Odontologia, Curso de Medicina Veterinária, Unesp, Campus de Araçatuba, registrado sob o número de protocolo CEEA 2008/009598.O grupo parto normal (NORMAL) foi composto por 16 cordeiros, mestiços Suffolk/Texel, obtidos de 12 partos. O grupo de cesariana com anestesia inalatória (INAL) foi representado por oito cordeiros, mestiços Suffolk/Texel, provenientes de cinco intervenções; por fim, o grupo de cesariana com anestesia total intravenosa (ATI), foi constituÃdo por 12 cordeiros, mestiços Suffolk/Texell, oriundos de sete cesarianas.Os parâmetros vitais frequência cardÃaca (FC), frequência respiratória (FR) e temperatura (TR), associados ao tempo de preenchimento capilar (TPC) e à coloração da mucosa ocular dos cordeiros foram avaliados imediatamente após o nascimento (M0), 15 minutos após (M15), 60 minutos após (M60), 24 horas após (M24) e 48 horas pós-nascimento (M48). A vitalidade foi realizada utilizando o escore APGAR (Feitosa & Benesi 2014), somente nos três primeiros momentos (M0, M15, e M60), e o comportamento pela mensuração, em minutos, dos intervalos entre o nascimento e o posicionamento em decúbito esternal, entre o nascimento e a adoção de posição quadrupedal, bem como entre o nascimento e a realização da primeira mamada.Para a avaliação da vitalidade dos cordeiros por meio do escore APGAR, utilizaram-se os seguintes itens, pontuados de zero a dois: (a) movimentação da cabeça com água fria (zero - ausente; um - diminuÃda; dois - espontânea e com movimentos ativos); (b) resposta reflexa óculo-palpebral e interdigital (zero - ausente; um - reação débil, um reflexo presente; dois - reação imediata, dois reflexos presentes); (c) tipo de respiração (zero - imperceptÃvel; um - lenta e irregular; dois - rÃtmica e profundidade normal); e (d) coloração das mucosas (zero - branca/azulada; um - azulada e dois - rósea-avermelhada), com pontuação interpretada da seguinte forma: sete a oito representa boa vitalidade; quatro a seis caracteriza moderada vitalidade; e, de zero a três, como pontuação de baixa vitalidade (deprimido) (Feitosa & Benesi 2014).Para as ovelhas que integraram o grupo NORMAL sabia-se apenas o mês de parição, sendo necessária a permanência do pesquisador no local para detectar o momento do parto e realizar as avaliações.Para saber a data de cobertura das ovelhas que foram utilizadas nas cesarianas foi necessário marcar a região do peito do macho, iniciando com cor mais clara para cor mais escura, com a mistura de pó colorido xadrez (Lanxess®) e óleo, sendo aplicados a intervalo de dois dias, com a cor trocada a cada 15 dias. Nenhum protocolo para indução de cio foi utilizado. Para a confirmação da prenhez foram realizadas duas ultrassonografias, sendo a primeira transretal após 45 dias da última cobertura, e a outra transabdominal, após 60 dias. Com a data de cobertura das ovelhas conhecida, a realização das cesarianas foi determinada levando-se em consideração a data de parição (143-145 dias), associada aos sinais prodrômicos do parto, a saber: relaxamento dos ligamentos pélvicos, vulva edemaciada e hiperêmica, bem como a presença de colostro nas glândulas mamárias.As cesarianas foram realizadas sempre pelo mesmo cirurgião, pelo flanco esquerdo de acordo com Tibary & Van Metre (2004). Da mesma forma, os neonatos dos diferentes grupos foram sempre avaliados pela mesma equipe.As ovelhas utilizadas para cesariana eletiva foram distribuÃdas em dois grupos, sendo submetidas a protocolos anestésicos diferentes. Os animais do Grupo Inalatória (INAL) receberam butorfanol3 (0,2mg/kg IV) associado à acepromazina4 (0,05mg/kg IV) como medicação pré-anestésica (MPA), induzidos e mantidos anestesiados pelo sevoflurano5.Os animais do Grupo Anestesia Total Intravenosa (ATI) foram submetidos à mesma MPA do grupo INAL. A indução foi realizada com quetamina6 (2mg/kg, IV) associada ao midazolam7 (0,04mg/kg, IV). A manutenção anestésica foi realizada com infusão contÃnua de quetamina (2mg/mL) associada à xilazina8 (0,05mg/ml) e ao éter gliceril guaiacól9 (5%), com taxa de infusão de 2mL/kg/hora, controlada através de bomba de infusão10.Após a realização da cesariana, foi necessária a reanimação dos neonatos. Esta reanimação foi realizada obedecendo-se os seguintes procedimentos:Após secção do cordão umbilical, envolvê-lo em pano limpo e seco;Colocá-lo em posição inclinada com a cabeça mais baixa do que à região pélvica, por alguns segundos (20 segundos, no máximo), e realizar fricção na área pulmonar sentido caudal-cranial conjuntamente, para que saia a maior parte do lÃquido que preenche os pulmões e as vias aéreas superiores;Com o animal em decúbito esternal, realizar fricção sob a área do pulmão para saÃda de lÃquido e estimular o inÃcio da respiração; se o animal ainda apresentar dificuldade respiratória, colocá-lo novamente em posição inclinada e realizar o procedimento número 2 e/ou com um auxÃlio de um sugador realizar sucção das vias aéreas e da cavidade oral;Continuar a secar o animal com panos limpos;Após estabelecimento do padrão respiratório, deixar os animais envoltos por cobertores até completa recuperação anestésica;Fornecimento de colostro, previamente ordenhado da própria mãe, pelo uso de mamadeiras, no momento que os animais apresentarem reflexo de sucção.Tanto os cordeiros do grupo NORMAL, quanto os cordeiros dos grupos INAL e ATI, foram mantidos com suas mães em baias, recebendo silagem de milho e 200g de ração/dia. As ovelhas submetidas à s cesarianas foram alojadas nas baias, 30 dias antes do parto; as do grupo de parto normal permaneceram em piquetes, sendo levadas, após a parição, para baias individuais.Para minimizar possÃveis alterações nos parâmetros avaliados, não foi permitida modificação de seu posicionamento durante todo o perÃodo de avaliação. Os cordeiros permaneceram, nos momentos M24 e M48, juntos ou próximos à s suas mães, evitando-se maior estresse em decorrência da separação materna.Os dados foram submetidos à análise de variância com medidas repetidas, sendo as médias comparadas através do teste de Tu
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