Pesquisa Veterinária Brasileira | |
Glanders in horses and mules of the states of Pernambuco and Alagoas, Brazil | |
Massa, Marcos1  Mota, Rinaldo A.3  Castro, Fabrício J. C.2  Brito, Marilene F.2  | |
[1] Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro;Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife | |
关键词: Glanders; equids; Northeast Brazil.; | |
DOI : 10.1590/S0100-736X2000000400005 | |
来源: Colegio Brasileiro de Patologia Animal-CBPA | |
【 摘 要 】
.- Mota R.A., Brito M.F., Castro F. J.C. & Massa M. 2000. [Glanders in horses and mules of the states of Pernambuco and Alagoas, Brazil.] Mormo em eqüÃdeos nos Estados de Pernambuco e Alagoas. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4):155-159. Depto Med. Vet., Univ. Fed. Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/nº, Dois Irmãos, Recife, PE 52171-900, Brazil.Based on clinical-pathological, epidemiological and serological aspects, as well as by the isolation of Burkholderia mallei, foci of glanders were diagnosed in equids of the "Zona da Mata" in the states of Pernambuco and Alagoas. Clinically there was hyperthermia, noisy respiration, loss of appetite, progressive loss of weight leading to emaciation, nasal congestion and muco-purulent discharge, erosions, ulcers and scars of the nasal mucosa. The size of submaxillary and cervical lymphonodes was increased, which contained abscesses and fistules exudating purulent material. In the skin, accompanying the lymph vessels, there were firm nodules and abscesses which in chronic cases fistulated and ulcerated leaving stellar scars. The histopathology of the nodules at various sites, from the horses as well as from the guinea-pigs used for the Strauss test, showed granulomatous lesions and pyogranulomas. The results of this study showed that glanders in the region was emerging and further sero-epidemiological studies are urgent for the eradication of the disease.INDEX TERMS: Glanders, equids, Northeast Brazil. RESUMO.- Com base em aspectos clÃnico-patológicos, epidemiológicos e sorológicos, bem como pelo isolamento de Burkholderia mallei, diagnosticaram-se focos de mormo em eqüÃdeos na Zona da Mata dos Estados de Pernambuco e Alagoas. Clinicamente observaram-se hipertermia, respiração ruidosa, inapetência, emagrecimento progressivo até caquexia, congestão nasal e descarga mucopurulenta, erosões, úlceras e cicatrizes na mucosa nasal. Os linfonodos mandibulares e cervicais superficiais apresentavam-se aumentados de volume, com abscessos e fÃstulas exsudando material purulento. Na pele, ao longo dos vasos linfáticos, havia formação de nódulos firmes e abscessos que, nos casos crônicos, fistulavam e ulceravam deixando cicatrizes estrelares. A histopatologia dos nódulos de diversos sÃtios, tanto dos eqüÃdeos como dos cobaios utilizados na prova de Straus, revelou lesões granulomatosas e piogranulomas. Os dados deste estudo evidenciam a emergência da doença nesta área e permitem recomendar inquéritos soro-epidemiológicos nos Estados de ocorrência dos surtos e nos Estados limÃtrofes.TERMOS DE INDEXAÇÃO: Mormo, eqüÃdeos, Nordeste do Brasil. INTRODUÇÃOO mormo é uma das mais antigas doenças dos eqüÃdeos, já mencionada por Aristóteles e Hipócrates nos séculos II e IV a.C. É causada por um bacilo inicialmente denominado Bacillus mallei e como Actinobacillus mallei (Langenegger et al. 1960). Com base em caracterÃsticas bioquÃmicas e nutricionais essa bactéria foi classificada posteriormente no gênero Pseudomonas (Redfearn et al. 1966); em 1980 o agente foi incluÃdo sob a denominação Pseudomonas mallei na "Approved List of Bac-terial Names". Baseados na biologia molecular, na composição de lipÃdeos e ácidos graxos e em caracterÃsticas fenotÃpicas Yabuuchi et al. (1992) colocaram esta bactéria em um novo gênero, denominado Burkholderia.Responsável por alta taxa de mortalidade em eqüÃdeos, a doença ocorre em diferentes partes do mundo, tendo sido descrita no Iraque (Al-Ani et al. 1987), no Egito e em certas partes da Ãfrica (Henning 1956), na Itália (Battelli et al. 1973), na Ãndia (Gangulee et al.1966; Verma et al. 1994), na China (Zhang & Lú 1983) e na Rússia (Shumilov 1974). A doença foi erradicada nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Austrália (Henning 1956).De acordo com os dados revisados por Langenegger et al. (1960), no Brasil a doença foi descrita pela primeira vez em 1811, introduzida provavelmente por animais infectados importados da Europa (Pimentel 1938), desencadeando-se verdadeiras epizootias em vários pontos do território nacional, vitimando muares, cavalos e humanos que adoeceram com sintomatologia de catarro e cancro nasal.Após vários relatos da ocorrência da enfermidade em eqüÃdeos e humanos, com caracterização dos achados epidemiológicos, clÃnicos, microbiológicos e anatomo e histopatológicos, a doença parecia ter sido erradicada no Brasil; a última referência a um foco de mormo no municÃpio de Campos, Estado do Rio de Janeiro, foi feita por Langenegger et al. (1960).O presente estudo teve como objetivo registrar a ocorrência de focos de mormo em eqüÃdeos nos Estados de Pernambuco e Alagoas, bem como caracterizar seus aspectos epidemiológicos, sorológicos e clÃnico-patológicos. MATERIAL E MÉTODOSA doença foi estudada em três propriedades rurais nas quais foram realizadas visitas, levantamentos dos históricos e exames clÃnicos dos animais doentes; os eqüÃdeos em estado mais grave foram necropsiados. Duas fazendas estão localizadas na Zona da Mata do Estado de Pernambuco, nos municÃpios de Barra de Serinhaém e Cortês, e uma na Zona da Mata do Estado de Alagoas, no municÃpio de São José das Lages.Isolamento bacterianoO pus dos nódulos cutâneos dos eqüÃdeos foi assepticamente colhido por meio de punção aspirativa e semeado em agar sangue ovino a 5%, agar Levine, agar Mac Con
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